Vivos Ou Petrificados?

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

"Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo,
que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu
reino, Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de
tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a
longanimidade e doutrina"
(2 Timóteo 4:1, 2).

"A lei de qualquer igreja é, e sempre será, evangelizar ou
petrificar." (George E. Sweazy) "Evangelismo não faz parte
do programa de trabalho da igreja; é o programa de trabalho
da igreja." (Brett Blair)

O que nós, igrejas vivas do Senhor, temos feito durante a
nossa caminhada com Cristo. Qual tem sido o nosso propósito
espiritual? Em que temos empenhado os talentos que recebemos
de Deus?

Muitas vezes passamos dias, meses e anos dizendo que somos
discípulos de Jesus, mas, nunca falamos de Seu amor, nunca
compartilhamos a bênção da salvação, nunca brilhamos como
luz do mundo. Quando nos convidam para um retiro na fazenda,
aceitamos com muito prazer. Quando nos convidam para um
"passeio missionário", somos os primeiros a dizer "sim".
Quando nos procuram para um festival de sorvete, uma noite
do cachorro-quente, um jantar de namorados... exultamos de
gozo e bradamos: "Sim, sim, sim!" E, quando somos convocados
para um dia de evangelização nas ruas da cidade, ou na praça
central, ou junto à Rodoviária local... estamos cansados,
estamos ocupados, está muito calor, está chovendo, temos
outros compromissos...!!!

Nossos corações estão petrificados; nossas vidas espirituais
estão petrificadas; nossa lâmpada está sem óleo, apagada e
petrificada; nossa igreja está petrificada e o Senhor está
triste e não pode nos chamar de "servos bons e fiéis".

Eu não quero virar pedra, não quero envergonhar o Senhor a
quem amo, não quero fingir que sou filho de Deus. Eu estou
vivo, quero vibrar de felicidade proclamando o nome do meu
Senhor e Salvador, quero repartir tudo de maravilhoso que
tenho recebido de Cristo. E você? Está vivo ou já
petrificou?

ENCANTAMENTO

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Minha sobrinha Helena tem 4 anos. No sábado à tarde passeamos com ela em uma bonita área verde na minha cidade. Era a primeira vez que ela visitava o local. Com a energia própria de uma criança, Helena não parava de correr, de inventar brincadeiras e de nos envolver nelas.

Enquanto me tornava seu coadjuvante nas aventuras, eu ia dando atenção à beleza teológica daquele momento. Helena se encontrou com muitas verdades novas e com um mundo desconhecido. Ela não conhecia o local, nunca tinha visto aquelas flores, ainda não havia sentido a textura da grama, o cheio do mato, o barulho dos pássaros. Os seus cinco sentidos foram aflorados e o seu encantamento por tudo aquilo foi muito evidente.

Helena não teve dúvidas. Tudo aquilo lhe pertencia. Ela tinha permissão para se envolver num novo mundo bem diante de seus olhos. E fazia isso com bastante alegria e satisfação. O perigo ou o risco de um acidente não era um grande obstáculo para que ela decidisse correr, colher flores ou caminhar ao lado do pequeno lago represado. Quando seu pai chegou, ela correu até ele e imediatamente o envolveu em tudo aquilo. Com o nosso devido cuidado de adulto, vez ou outra lembrávamos a ela alguns limites, como correr com atenção, não ficar no sol, etc. Ela obedecia, mas isso não a fazia desistir de continuar sua experiência; muito menos diminuía seu fascínio.

Helena me ensinou e me fez lembrar a beleza teológica do Evangelho de Jesus. Ele nos oferece um mundo novo e uma verdade poderosa que nos envolve completamente. Quase que sinto a empolgação de Paulo quando ele disse: “considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas” (Fp 3.8).

Minha sobrinha me ajudou a perceber que diante da grandeza de Cristo e do seu trabalho de redimir a vida e trazer significado a todas as coisas, não me resta outra atitude senão de me encantar e me deixar envolver profundamente com esta grande obra. Por que não me alegrar? Por que não experimentar este Evangelho? Por que não convidar outros para a dança? Por que não perguntar e fazer descobertas? Por que não dialogar com aquela realidade tão bela?

A tragédia é perceber que a medida que nos tornamos adultos o mundo já não parece tão novo, a verdade já não nos envolve tanto e os sentidos ficam acomodados. Cristo e seu Evangelho são cópias de filmes repetidos. No entanto, o Espírito de Deus nos convida a resgatar o encantamento e a participar da maravilhosa realidade da reconciliação com Cristo. Ele nos chama para descobrir o que está em jogo, o que está sendo transformado e o que realmente faz sentido.

O milagre é que está tudo aqui, bem diante de nossos olhos!

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sábado, 1 de janeiro de 2011